O dia Internacional da Mulher, São Félix do Araguaia é comemorado com isolamento, devido avanço da Pandemia COVID-19 no mundo
08/03/2021
Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a questão da excelência das mulheres na ciência e lembrar a comunidade internacional de que a ciência e a igualdade de gênero devem avançar lado a lado, a fim de enfrentar os principais desafios mundiais e alcançar todos os objetivos e metas da Agenda 2030.
O surto da pandemia COVID-19 tem demonstrado claramente o papel fundamental das mulheres pesquisadoras em diferentes estágios da luta contra a COVID-19, desde o avanço do conhecimento sobre o vírus até o desenvolvimento de técnicas de teste e, finalmente, da vacina contra o vírus. Para 2021, o tema é "Mulheres cientistas na linha da frente da luta contra a covid-19". Segundo a ONU, a pandemia mostrou a excelência de pesquisadoras espalhadas pelo mundo — caso das cientistas que sequenciaram o genoma do coronavírus em 48 horas, por exemplo. Entretanto, ela também prejudicou a carreira de muitas jovens pesquisadoras e ampliou ainda mais algumas disparidades de gênero na academia.
O Brasil não vem implementando adequadamente políticas públicas estruturadas em prol da defesa dos direitos das mulheres apesar dos indicadores que demonstram o aumento da violência doméstica bem como as dificuldades enfrentadas por mulheres no mercado de trabalho e na administração da vida familiar. Não se desconhece que a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres em 2003 foi um avanço especialmente no que tange ao combate da violência contra a mulher, que está na pauta do dia e não pode ser excluída da agenda mundial.
Mulheres estão na linha de frente da crise da COVID-19 como profissionais de saúde, cuidadoras, inovadoras, organizadoras comunitárias e algumas das líderes nacionais mais exemplares e eficazes no combate à pandemia. A crise destacou tanto a centralidade de suas contribuições quanto os fardos desproporcionais que as mulheres carregam. É inegável que o aumento da violência contra as mulheres retrata a cultura machista brasileira. O coronavírus, todavia, potencializou ao incitar o convívio intenso familiar em virtude do imprescindível isolamento social e necessário lockdowns.
Dentre outras trágicas consequências da pandemia está, indubitavelmente, o desemprego feminino. O desafio de educar crianças foi absorvido por mães ou professoras por meio do homeschooling, o que impactou o mercado de trabalho dessa classe de modo geral, seja pela sobrecarga de tarefas multifacetadas, seja pela incompatibilidade de manutenção da produtividade esperada, desembocando na demissão de mulheres. Por sua vez, a precarização de empregos gera ainda maiores consequências às mulheres dentro de um mundo pandêmico e sob forte crise econômica. Quanto ao ponto importante avanço foi a previsão de cota diferenciada para a percepção de renda emergencial para mulheres provedoras de família monoparental (art. 2º, § 3º, da lei 3.982/20).
A prefeita de São Félix do Araguaia - MT Janailza Taveira Leite (SD) dividiu a homenagem com todas as mulheres líderes e organizações de mulheres do mundo, destacando as atuantes da cidade de São Félix do Araguaia – MT, como a diretora do Foro de São Félix do Araguaia; Janaína Cristina de Almeida, Ex-Presidente da Câmara Municipal de São Félix do Araguaia; vereadoras Rita Gomes, Patrícia Paiva (PROS), Irmã Ana (PSC), ex-vereadora; Cida Brandão (MDB), Secretários Municipais: Saúde; Rosane de Faria Maciel, Meio Ambiente; Andressa Rocha, Desenvolvimento e Assistência Social; Leônia Carolina Claudio Macedo, Coordenadora do Hospital Municipal Prefeito João Abreu Luz; Ozana Pereira Araújo, Presidente do Sindicato Rural; Dra. Daniela Caetano de Brito, Diretora do Escritório Regional de São Félix do Araguaia; Crisley Suzane Rodrigues Araújo, Empresária Sra. Salete Ritter, Diretora do CEFAPRO; Mariuza Marinho, Advogada e Presidente da Entidade INHURAFÊ; Dra. Maria José Souza Moraes, Escritora; Erotildes da Silva Milhomem, Coordenadora da Imunização; Liá Lima Barbosa e todas as outras Mulheres de São Félix do Araguaia. “Hoje, há mais aceitação do que nunca de que as mulheres trazem experiências, perspectivas e habilidades diferentes, e fazem contribuições insubstituíveis para decisões, políticas e leis que funcionam melhor para todos. Estamos galgando cada vez mais os postos de comando e almejando a igualdade entre homens e mulheres”, afirmou.
Nós de “O Repórter do Araguaia”; Vanessa Lima e Néia Rondon parabenizamos toda as mulheres em especial de São Félix do Araguaia e região. Agradecemos a todos que acompanham desde o nascimento do jornal até do Site jreporterdoaraguaia, pois também fazemos parte dessa comemoração, buscando um futuro igual em um mundo desigual, na construção de seres humanos mais igualitários e na recuperação da pandemia de COVID-19.
Uma mulher que entrou para a história do Brasil, coincidentemente, nasceu em um 8 de março - mas de 1911, ou seja, há 110 anos. Maria Bonita, falecida em julho de 1938, foi a primeira mulher a entrar para o cangaço.
Vanessa Lima/O Repórter do Araguaia - MT
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