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PM acusado de extorsão e agressão a soldado perde prazo e juiz desconsidera defesa

PM acusado de extorsão e agressão a soldado perde prazo e juiz desconsidera defesa

Rogério da Silva Rocha Júnior é acusado de extorsão, exercício arbitrário das próprias razões, falsidade ideológica e abuso de autoridade

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O 3º sargento da Polícia Militar de Mato Grosso, Rogério da Silva Rocha Júnior, acusado de extorsão, exercício arbitrário das próprias razões, falsidade ideológica e abuso de autoridade, perdeu o prazo para apresentar sua defesa prévia no processo que responde na Justiça Militar.
Em decisão proferida pelo juiz Moacir Rogério Tortato, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá – Especializada da Justiça Militar, nesta quinta-feira (9), a defesa fora do prazo foi desconsiderada.
O militar foi citado em junho deste ano para apresentar resposta à acusação no prazo de dez dias. No entanto, a defesa protocolou o documento apenas em 30 de agosto, quase dois meses após o recebimento da denúncia e fora do prazo legal, o que levou o magistrado a reconhecer a preclusão temporal do ato processual.
Com isso, o juiz decidiu não reconhecer a defesa apresentada fora do prazo, o que significa que os pedidos iniciais formulados pelos advogados, como a anulação do inquérito policial militar e o pedido de absolvição sumária, não serão analisados neste momento. Os argumentos só voltarão a ser apreciados na fase das alegações finais, quando o processo estiver prestes a ser sentenciado.
Apesar da perda do prazo, o juiz manteve o andamento do processo e determinou a expedição das intimações necessárias para a audiência de instrução, marcada para o dia 3 de novembro de 2025, às 14h, quando deverão ser ouvidas as testemunhas arroladas pelas partes.
O sargento Rogério da Silva Rocha Júnior responde a uma denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado (MPMT), que o acusa de ter cometido diversos delitos previstos no Código Penal Militar.
Segundo os autos, o militar teria acertado um chute no tórax de um soldado, precisando ser contido com o uso de uma “tonfa” — um bastão usado em artes marciais. Além das agressões, o processo também relata que o sargento foi flagrado embriagado, dormindo com a arma à mostra em frente a uma agência bancária no município de Campo Verde (a 139km de Cuiabá).
O episódio levou à abertura de inquérito e à sua prisão em 2022, ocasião em que a Justiça concedeu liberdade provisória, determinando o envio dos autos à Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso para apuração disciplinar.
Com a nova decisão, o processo segue em tramitação regular na Justiça Militar, e a defesa de Rogério Júnior poderá apresentar novamente suas alegações apenas na fase final da instrução.

 

 

EUZIANY TEODORO
DA REDAÇÃO
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