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Policial penal denuncia abuso sexual e tortura, e Sesp suspende curso

Policial penal denuncia abuso sexual e tortura, e Sesp suspende curso

05/06/2023

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Uma policial pena mulher denunciou um suposto caso de importunação sexual e foi torturada por colegas descontentes com a denúncia. O caso teria acontecido durante um curso do Grupo de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário da Polícia Penal (GIR), que foi supenso pela Secretaria de Estado Segurança Pública (Sesp).

A situação veio à tona no sábado (4). A mulher teria sido torturada por pelo menos três policiais penais. Eles teriam vendado a colega e queimado seu rosto com uso de um tipo de gás ou espuma.

Em um áudio, ela relata que denunciou um dos colegas por importunação sexual. Segunda ela, o policial penal já havia passado a mão em mim e eu fiquei quieta. Outra vez ele tinha ido me espionar tomar banho no banheiro e eu fiquei quieta. Aí outra vez, por último, ele foi na janela para espionar a gente trocar de roupa pelada".

A situação teria ocorrido com a mulher que denunciou e outras cinco policiais femininas da base do GIR. As demais teriam sido coagidas por um dos torturadores "para não falar a verdade".

"Me torturaram na noite passada, colocaram uma venda nos meus olhos e falaram se eu tinha registrado boletim de ocorrência contra o (suprimido) porque eu tava querendo ver ele preso. Bateram no meu rosto, queimaram o meu rosto o tempo todo. Grava essa gravação para poder servir de testemunha", afirma a mulher em um áudio.

Ao menos três servidores praticaram as torturas. Ela não cita o responsável pelas importunações sexual entre os torturadores.

"Me torturaram o tempo todo, me jogaram gás no rosto o tempo todo. Jogaram uma espuma, mais de dois litros em mim, meu corpo inteiro, queimaram meu rosto, minha boca porque eu registrei... eu não sou criminosa, eu sou a vítima, fui ameaçada pelo (suprimido) que se eu registrei boletim de ocorrência ele me colocaria a disposição da base", relata.

Veja a nota da Sesp:
A Secretaria de Estado Segurança Pública (Sesp) esclarece que já determinou a imediata suspensão do curso do Grupo de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário da Polícia Penal e que irá instaurar procedimento administrativo para apurar a denúncia.

Além disso, a Polícia Judiciária Civil já abriu inquérito para investigar o ocorrido, sendo que até o momento duas pessoas já foram interrogadas.

O Governo de Mato Grosso reforça que não coaduna com nenhum tipo de abuso de autoridade ou assédio de qualquer natureza.

 

 

DA REDAÇÃO

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