Líderes ruralistas da região Araguaia presentes ao ato de assinatura da ordem de serviço para início da implantação e da pavimentação de trecho da rodovia BR-158, no Vale do Araguaia ocorrido em Porto Alegre do Norte, mostraram preocupação com procedimentos e estudos para definição de áreas úmidas das regiões do Araguaia e do Guaporé.

Durante o ato, os presidentes dos Sindicatos dos Produtores Rurais de Vila Rica, Luiz Gustavo Bernacchi, de Porto Alegre do Norte, Marcio Molinet, de Santa Cruz do Xingu, Jacinto Colombo e de São Felix do Araguaia Daniela Caetano de Brito, e o vice presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Anísio Vilela Junqueira Neto, o Netão estiveram conversando com o Governador Mauro Mendes.

Os líderes também prometeram levar o máximo de pessoas para participarem de uma audiência pública proposta pelo deputado Dr Eugênio de Paiva (PSB) para debater e propor encaminhamentos soluções sobre a proposta de áreas úmidas das regiões do Araguaia e do Guaporé, no próximo dia 05 de outubro, às 9 horas, na Assembleia Legislativa.

O presidente do Sindicato Rural de Vila Rica, Luiz Gustavo Bernacchi concordou com as colocações feitas pelo deputado Dr Eugenio reafirmando que a região Araguaia está passando por um bom momento de investimentos do Governo de Mato Grosso e do Governo Federal. Principalmente na infraestrutura e logística, e que a insegurança nas questões ambientais afasta estes investimentos" Luiz Gustavo também lembrou a necessidade da população em geral do Araguaia, empresários, políticos e profissionais participar da audiência pública.

Já o vice-presidente regional da FAMATO, Anísio Vilela Junqueira Neto, o Netão disse que é lamentável que o campo viva uma insegurança jurídica, ele lembrou que quando ele e sua família vieram pra Mato Grosso nos década de 70 eram obrigados desmatar para poder comprovar aos bancos que estavam desmatando para poderem obter créditos, agora vivemos o contrário é tudo muito complicado.

Tanto Luiz Gustavo como Netão dizem não entender como um estudo quer agora que região está se desenvolvendo colocar grande parte dela como região de áreas úmidas como se fosse uma nova zona pantaneira, "Olha será que em décadas de estudos, só agora que o progresso chegou a região é que os órgãos responsáveis decidiram então dizer o que somos de fato" disse Netão.

De acordo com a Recomendação nº 7, do Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU), de 11 de junho de 2015, “áreas úmidas são ecossistemas na interface entre ambientes terrestres e aquáticos, continentais ou costeiros, naturais ou artificiais, permanente ou periodicamente inundados ou com solos encharcados”. A indecisão legal sobre como vai ficar a região tem causado um enorme imbróglio a toda região que caminha para ser a maior região produtora de Mato Grosso e uma das maiores do mundo.

FONTE: Evandro Carlos com Assessoria