Médico que ajudou mãe a matar idosos tem prisão mantida pelo STJ
09/07/2024
O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Og Fernandes, negou a revogação da prisão preventiva solicitada pelo médico Bruno Gemilaki Dal Poz, um dos envolvidos nas mortes de dois idosos, no município de Peixoto de Azevedo, em abril deste ano. A decisão é da última quinta-feira (4).
Junto com a mãe Inês Gemilaki e o cunhado Éder Gonçalves Rodrigues, Bruno participou do homicídio de Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bolgo, de 80 e 68 anos respectivamente. Os idosos foram mortos durante a troca de tiros, já que o alvo era um garimpeiro da região.
No pedido de liminar, a defesa de Bruno sustenta que não estão presentes os requisitos que autorizam a prisão preventiva, visto que o decreto da mesma deve ser para garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal quando há provas e indícios suficientes, conforme previsto no Código de Processo Penal (CPP).
“Bem como revelam-se adequadas e suficientes as medidas cautelares alternativas positivadas no art. 319 do aludido diploma legal. Requer, liminarmente e no mérito, a revogação da prisão preventiva”, destacou a defesa.
Para o ministro, não há hipótese que justifique o deferimento do habeas corpus. Og citou a decisão anterior do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), quanto às circunstâncias dos homicídios qualificados atribuídos a Bruno, que estão “envoltos de elevado grau de reprovabilidade, brutalidade e frieza”, diz trecho da decisão do TJMT.
“Não se percebem, portanto, os requisitos para a concessão do pedido liminar, já que ausente constrangimento ilegal verificado de plano. Fica reservada ao órgão competente a análise mais aprofundada da matéria por ocasião do julgamento definitivo. Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar”, concluiu Og Fernandes.
O crime
Inês Gemilaki, o filho médico Bruno Gemilaki Dal Poz e Éder Gonçalves Rodrigues são os principais suspeitos de terem matado dois idosos à tiros, durante uma confraternização no bairro Alvorada, em Peixoto de Azevedo, neste domingo (21). Na ação criminosa, um padre também ficou ferido.
Segundo a delegada Ana Paula Marien, o alvo do atentado não eram nenhuma das vítimas mortas, que foram identificadas como Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bolgo, de 80 e 68 anos respectivamente.
Ana contou em vídeo que a motivação do crime teria sido um desacordo comercial em relação a um imóvel que Inês alugava. Ao sair da propriedade, ela deixou algumas dívidas em aberto, o que fez com que o proprietário entrasse na Justiça para reaver os valores.
CECÍLIA NOBRE
Da Redação
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