A prefeitura de Cuiabá, por meio do corregedor-geral Carlos Eduardo Lopes, instaurou uma Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o ex-vereador Paulo Henrique de Figueiredo (MDB). O ex-parlamentar, acusado de envolvimento com o Comando Vermelho, é servidor efetivo na Secretaria de Ordem Pública e recebe salário de R$ 42.089,64.

Paulo Henrique de Figueiredo foi preso na Operação Ragnatela, da Polícia Federal, que apura a lavagem de dinheiro da facção criminosa por meio da compra de uma casa de shows e realização de shows nacionais. Segundo as investigações da PF, então parlamentar ainda se valia da influência que possuía junto aos fiscais da Ordem Pública para facilitar a concessão de liberação e alvarás das festas promovidas pela facção.

O PAD foi instaurado com base nos artigos 131 e 132 da Lei Complementar que rege os servidores públicos. Entre as infrações verificadas, estão a de não manter conduta compatível com a moralidade administrativa e faltar ao serviço. Ele ainda irá responder por utilizar do cargo para tirar proveito pessoal, entre outras infrações.

ELO COM CV

Paulo Henrique de Figueiredo (MDB) foi preso em setembro de 2024, durante a operação Pubblicare – do desmembramento da operação Ragnatela – deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT).

O ex-vereador é apontado como tendo ligação com membros do Comando Vermelho. As investigações apontam que ele atuava em benefício da facção na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.