Após a prisão de dois policiais penais que facilitaram a fuga de dois detentos de um presídio em Várzea Grande em troca de dinheiro, o governador Mauro Mendes (União) afirmou que agentes que agirem contra a lei no exercício de suas funções sofrerão as devidas consequências. A declaração foi feita na formatura de 57 novos policiais penais, realizada na manhã desta quarta-feira (16).

“O combate às ilegalidades está acontecendo todos os dias, doa a quem doer. Dois profissionais do Sistema Penitenciário de Mato Grosso foram presos porque fizeram, segundo a investigação, alguma coisa inadequada, errada. E aqueles que fizerem, não tenham dúvida: vão cair, porque nós estamos com a nossa secretaria, com as forças de inteligência, muito focadas em corrigir internamente, cortando a própria carne quando necessário para que o sistema funcione corretamente”, disse Mauro Mendes.

Adão Elias Júnior e Léo Marcio, policiais penais que atuavam no Centro de Reabilitação Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, foram presos pela Polícia Civil, na Operação Shadow, deflagrada na última segunda-feira (14). Eles ajudaram na fuga dos detentos Gilmar Reis da Silva e Thiago Augusto Falcão de Oliveira.

Mauro Mendes disse ainda que acredita que a medida mais eficaz para inibir os profissionais e qualquer cidadão de cometerem crime é a certeza da punição, mas confessou que não é um trabalho simples, devido à cultura da impunidade que paira no país.

“Independentemente do Estado, mas a principal coisa que inibe o cidadão de cometer algum tipo de crime é a certeza da punição. A sensação de impunidade gera esse descompromisso em fazer a coisa certa. Lamentavelmente no Brasil existe um pouco disso. Uma sensação de impunidade que paira há muitos e muitos anos e mudar isso não é um trabalho simples”, afirmou.

O governador ressaltou que vem realizando um trabalho reforçado na Segurança Pública em Mato Grosso, a fim de combater essa cultura da impunidade e, consequentemente, os atos criminosos. O objetivo, segundo Mauro Mendes, é entregar um Estado mais seguro em curto e médio prazo.

Por Da Redação